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Neighborhood Goods: a palavra da vez é colaboração

Neighborhood Goods: a palavra da vez é colaboração

Tenho participado e acompanhado Lives, artigos, debates, posts e bate-papos sobre o futuro do varejo pós-covid. Aliás, tenho falado bastante sobre o assunto por aqui também. Afinal, não tem como. De repente, 2020 sacudiu todo mundo, resolveu mudar as perspectivas e nos obrigou a parar por alguns momentos e repensar.

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E entre todas essas discussões e tentativas de prever o futuro, algumas questões têm aparecido repetidamente - como o conceito de humanização, propósito e conteúdo, por exemplo. Vale reforçar que estes já eram pontos que vinham despontando como fundamentais em termos de diferenciação e destaque no mercado e que, com a atual situação, apenas ganham ainda mais relevância. Assim como aconteceu com o omnichannel agora, tudo indica que, em um futuro próximo, as empresas que não investirem nestes pilares passarão por dificuldades. Essa é a hora de começar a se estruturar para evitar sermos pegos de surpresa novamente.

Pensando nisso, resolvi apresentar a loja de hoje dividida entre estes pilares que considero essenciais para os varejistas que querem se manter relevantes neste mundo de mudanças. Bem-vindos à Neighborhood Goods!

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Com sua primeira loja aberta no Texas em 2018, a Neighborhood Goods se autodenomina uma “loja de departamentos com uma história.” Mantida por grandes grupos de investidores dos EUA, a startup nada mais é do que um market place físico, onde marcas, em sua maioria de presença exclusivamente online, tem a oportunidade de expor seus produtos em um ambiente físico, sem precisar arcar com os altos custos de abrir uma pop-up. E, através do modelo de negócio colaborativo, a Neighborhood Goods se torna um super exemplo das questões que temos tanto discutido. Olha só como eles aplicam cada conceito na prática:

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STORYTELLING + CONTEÚDO

Como o próprio slogan da Neighborhood Goods já diz, o conceito da loja é todo estruturado de forma a contar uma história. Ao selecionar as marcas e produtos a serem colocados à venda nas lojas físicas, por exemplo, eles buscam sempre pontos em comum que possam ser amarrados com um mesmo conceito por trás. Quando eu visitei a NG de Nova York, por exemplo, eles tinham como princípio o bem-estar e o cuidado com a saúde. Assim, todos os produtos expostos tinham algo relacionado com este tópico.

Além disso, é através de um conteúdo extremamente bem feito que a Neighborhood Goods mantém a transparência. Os espaços e o blog deles contam sempre a história por trás de cada marca e de seus criadores, além de criarem recomendações de produtos diferentes sempre unidos por um tema - como presentes para o Dia das Mães, por exemplo, ou a chegada da primavera.

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HUMANIZAÇÃO

As lojas físicas são sempre pensadas como um espaço de reunião de pessoas. Além da inclusão de cafés e restaurantes, a loja promove eventos, palestras e lançamentos - sempre como forma de criar um senso de comunidade, se tornando assim um espaço para conhecer pessoas e ficar por dentro das últimas novidades.

Isso sem falar no atendimento impecável que eles oferecem para os clientes. Mais do que vendedores, eles tem consultores - pessoas prontas para explicar o conceito da loja e a história dos produtos lá expostos. Há também toda a preocupação com as marcas escolhidas e seus criadores.

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COLABORAÇÃO

Agora, mais do que nunca, percebemos a importância da colaboração. Ao invés de competir, já imaginou unir esforços e diferentes expertises? Ao unir diferentes produtos com funções complementares, a Neighborhood Goods dá destaque à marcas menores, que talvez não seriam notadas em uma loja exclusiva, além de ser uma oportunidade de teste do offline para quem tem presença exclusivamente online e não pode arcar com os custos de uma pop up.

O mais novo projeto deles, batizado de “The Commons”, foi criado como forma de ajudar pequenos empreendedores que estão sendo afetados com a crise do covid-19. Estes poderão aplicar para uma chance de ter um espaço físico para expor seus produtos na Neighborhood Goods, quando o comércio reabrir. Colaboração, sem dúvidas, é a palavra da vez.

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CURADORIA

Outra característica que diferencia a NG das lojas de departamento tradicionais, é a curadoria dos produtos. Os produtos lá expostos são escolhidos a dedo, levando em consideração os pilares da empresa, a história que está sendo contada e até os dados demográficos dos consumidores daquela determinada região. Dessa forma, a loja passa uma imagem de credibilidade ao cliente - ele sabe que só vai encontrar produtos de qualidade lá.

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PROPÓSITO

Por fim, outra questão que tem sido muito discutida: o propósito. Empresas que existem simplesmente com o objetivo de lucrar e não oferecem nenhum tipo de serviço ou solução para a sociedade, tendem a desaparecer. É através da colaboração e ajuda aos pequenos vendedores, da transparência, humanização, criação do senso de comunidade e tendo a sustentabilidade como um dos principais pilares, que a Neighborhood Goods demonstra seu propósito e razão de existir.

E aí, quais desses pilares já fazem parte da estratégia da sua empresa? Me conta nos comentários.

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