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MedMen: o Starbucks da maconha

MedMen: o Starbucks da maconha

Aproveitando o gancho do post da semana passada sobre a Starbucks Roastery, que tal falarmos sobre a loja que está dando o que falar e tem sido comparada à Apple Store e carinhosamente apelidada de “Starbucks da maconha"?

Quem já ouviu falar da MedMen?

Antes de começar esse post, a minha sugestão é: pegue todas aquelas ideias e imagens de coffee shops, tabacarias e pontos de venda de maconha de aparência duvidosa e esqueça. Aqui vamos falar de um varejista realmente profissional - e legalizado - da cannabis.

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Com mais de 20 lojas espalhadas pelos EUA, a MedMen foi fundada em 2012, na Califórnia pós-legalização da maconha medicinal. O co-fundador e CEO da empresa Adam Bierman, enxergou a oportunidade depois de ter sido chamado para dar consultoria de branding para uma farmácia de maconha medicinal. Ele ficou impressionado com a quantidade de clientes e lucro da loja mesmo sendo um local extremamente mal administrado e zero atraente.

A MedMen surgiu com o objetivo de tornar o ato de comprar maconha tão normal quanto o de ir comprar um computador ou um fone de ouvido, por exemplo. Aliás, as pessoas comparam o ambiente da MedMen às lojas da Apple. Decoração clean, iluminada, produtos impecavelmente expostos em bancadas contendo tablets com explicações detalhadas sobre cada um.

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Já considerada uma startup unicórnio, com valor de mercado avaliado em mais de U$ 1 bilhão, a MedMen é a maior investidora e apoiadora do movimento de legalização da maconha nos EUA. Eles tem atualmente 19 locais de produção espalhados pelo país com operações de alta tecnologia de agricultura e padrões de qualidade tão altos que são comparados aos da indústria farmacêutica.

Como não poderia deixar de ser, fui conferir a primeira loja da MedMen em Nova York, aberta recentemente na 5a Avenida. Unidade exclusivamente voltada ao comércio da maconha medicinal - o estado ainda não legalizou o uso recreacional da droga - o ambiente é exatamente o que descrevem. Parece mesmo uma loja de tecnologia e realmente não dá em momento nenhum a sensação de constrangimento.

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Os clientes e curiosos são recebidos por atendentes simpáticos e dispostos a sanar todas as dúvidas sobre a operação e os produtos vendidos. Para comprar, é necessário realizar um cadastro e apresentar receita médica, como se estivesse mesmo em uma farmácia. O toque divertido do espaço fica por conta dos cartazes espalhados pelas paredes, entre eles, a “grandmother stoner”, com a imagem de uma senhora de idade que usa maconha.

Para quem não tem recomendação médica, na loja de NY, pode se contentar com um dos produtos da linha de roupas e objetos da marca. De casacos de moletom e camisetas à tapetes de yoga e bonés, a MedMen transforma a maconha em lifestyle. A ideia é desconstruir aquela ideia de usuário de maconha que fuma, fica o dia inteiro largado no sofá e não faz nada da vida. O foco, e maior oportunidade de mercado aqui, está mesmo nas pessoas normais, as mães que chegam em casa no final do dia para relaxar com uma taça de Chardonnay, sabe?

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Nas lojas da Califórnia, onde o uso recreativo da droga foi liberado, a MedMen vende uma variedade impressionante de cerca de 1,000 produtos que incluem desde os formatos mais tradicionais de consumo da cannabis, até canetas vaporizadoras, barras de cereal e balas de goma contendo a substância. É através da coleta e análise de dados dos clientes que a empresa consegue identificar e se adaptar às novas tendências de um mercado que está entre os mais promissores dos próximos anos - a previsão é de alcançar um faturamento de U$ 50 bilhões até 2026, comparado aos U$ 6 bilhões gerados no ano passado.

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Sem entrar na polêmica da legalização da maconha, eu diria que é preciso tirar o chapéu pra essa operação. É isso que eu chamo de visão, planejamento e utilização adequada de dados no varejo.

E aí, qual a opinião de vocês sobre a MedMen? Que lições podemos aprender com a marca? Me contem nos comentários!

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