Eatsa e o Novo Significado de Fast Food
Quando alguém fala em fast food, a primeira coisa que vem à cabeça é: hambúrguer, batata frita e refrigerante, certo? Aquele clássico conceito de "comida rápida" (e nem um pouco saudável) criada pelos norte americanos e difundida pelo mundo inteiro.
Porém, foi-se o tempo áureo de redes de fast food como Mc Donald's e Subway que, até aqui no Brasil, já perderam o encanto. Agora, o sucesso da vez são os restaurantes de hambúrguer gourmet, os food trucks e, é claro, lanchonetes e restaurantes de comida 'saudável'.
A preocupação com a saúde e alimentação é uma tendência crescente ao redor do mundo. As pessoas estão aprendendo a ler rótulos, buscar consumir menos produtos industrializados, menos sal, menos açúcar, menos gordura, enfim.
Prova disso, é o surgimento de lojas especializadas e até mercados, como é o caso do Whole Foods nos EUA. Inclusive, pra quem não viu, o Whole Foods foi recentemente adquirido pela Amazon. A gigante do varejo digital tem investido em sistemas de automação dos processos de compra em mercados e lojas físicas.
E por que o Whole Foods? Porque ele representa o estilo de vida dos Millennials e gerações ascendentes. É em observação destas novas tendências, especialmente no ramo da alimentação que têm surgido lojas como a Eatsa.
A Eatsa é uma rede americana de restaurantes fast food que realmente faz jus ao termo "fast". Em menos de 10 minutos da sua entrada na loja, a comida estará nas suas mãos, pronta para consumo no local ou para viagem.
A agilidade é conseguida através do uso da tecnologia, é claro. Ninguém tem tempo pra filas, atendentes demorados, erros de pedido, tempo de preparação, etc, etc. No Eatsa você faz o seu pedido através de tablets localizados no interior da loja ou até mesmo pelo aplicativo no seu trajeto até o local.
O cardápio? As famosas "grain bowls" (tigelas de grãos), que estão virando febre entre a população 'fitness'. As grain bowls são as novas substitutas das saladas. Preferidas por sustentarem mais e incluirem mais nutrientes. No Eatsa, você pode escolher uma das sugestões de bowl prontas ou montar a sua com a surpreendente variedade de ingredientes disponíveis. Há também opções de café da manhã e lanches da tarde como saladas de fruta, pudins de chia, cafés e chás, entre outros.
Após a conclusão do pedido via tablet/aplicativo, a comida é retirada pelo cliente no 'armário' de número indicado no pedido. Isso mesmo, você entra e sai da loja sem fazer contato com um único funcionário. No dia que eu fui, na loja de Washington D.C., tinham apenas duas pessoas uniformizadas a disposição em caso de dúvidas com o processo.
Os 'armários' onde os pedidos são entregues da cozinha, são uma das partes mais legais do Eatsa. As, aparentemente simples, portinhas de vidro são, na verdade, telas de LED interativas que ficam mostrando mensagens e divulgando promoções. E, quando o seu pedido fica pronto, a sua portinha pisca, clareia o vidro como se fosse uma cortina e ainda sugere que você misture os ingredientes da sua tigela.
As embalagens são personalizadas com o nome da pessoa que fez o pedido e o conteúdo. Sem falar que são de qualidade excelente, assim como a comida. Fora isso, o Eatsa tem programa de fidelidade, sugestões de pedido baseado em escolhas passadas, serviço de localização, entre outros. Já são sete lojas nos EUA, com planos de expansão até o final do ano.
Já pensou em um mundo 100% automatizado como sugere a Eatsa e a Amazon com o seu protótipo de mercado em Seattle? A diminuição no número de mão de obra pode ser algo com que se preocupar, porém eu acredito em adaptação e evolução. As pessoas buscam cada vez mais praticidade, serviço e qualidade.
Qual a sua opinião? Será possível viver em um mundo de lojas "self-service" que utilizam apenas tecnologia como forma de atendimento ao cliente? Qual seria o perigo disso para a economia? E quanto às relações humanas?
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